quinta-feira, 24 de setembro de 2009

.the terrible hours.



(fotografia por V. Caldeira)

um dia, quando formos duas gotas muito vagas, sobre a cama, vou perguntar-te porque me amas. tu vais demorar num sorriso e responder-me que não fazes ideia mas eu vou saber porquê, porque nesse momento vais lançar-te sobre os meus lábios e gritar-me um poema tão mudo como a neblina da cidade onde te conheci. lá ao fundo, a rua dispersa-se, fora da janela do quarto, num crepúsculo esbatido nas luzes dos candeeiros. a tua resposta será clara. e eu, em ti, dentro de ti, vou poder dizer que quero viver eternamente.